"...brilhe a vossa luz diante dos homens,
de modo que, vendo as vossas boas obras,
glorifiquem o vosso Pai, que está no Céu."
(Mt 5, 16)

São vários os cristão alentejanos,
ou com profunda relação ao Alentejo,

que se deixaram transformar pela Boa Nova de Jesus Cristo
e com as suas vidas iluminaram a vida da Igreja.
Deles queremos fazer memória.
Alguns a Igreja já reconheceu como Santos,
outros estão os processos em curso,

outros ainda não foram iniciados os processos e talvez nunca venham a ser…
Não querendo antecipar-nos nem sobrepor-nos ao juízo da Santa Mãe Igreja,
queremos fazer memória destas vidas luminosas.

domingo, 31 de outubro de 2010

MÁRTIRES DO BRASIL
(4ª Parte)

(cf. desdobrável distribuído
pelo P. João Caniço sj,
a quando da sua visita à cidade de Borba)

Breve descrição
do episódio do martírio

Quando iniciavam o caminho rumo ao Brasil, saindo de Tazacorte, a 15 de Julho de 1570, surgiu uma frota de piratas huguenotes (grupo protestante), comandados por Jacques Sória (Sore).

Perante a insuficiência de defensores da nau, o comandante pediu soldados ao Padre Inácio de Azevedo. Contudo, a condição de consagrados dos membros deste grupo de 40 homens não lhes permitia pegar em armas, e atentar contra a vida. Porém, sempre que havia feridos, assistiam-nos, animavam os combatentes e rezavam.
Estando a nau ocupada pelos Calvinistas, e, apercebendo-se que eram missionários, investiram contra eles com as armas. Indo ao seu encontro com a imagem de Nossa Senhora nas mãos e afirmando-se sacerdote de Cristo, o Beato Inácio de Azevedo diz: "Todos me sejam testemunhas como morro pela Fé Católica e pela Santa Igreja Romana". Depois deste acto, um soldado deu-lhe uma cutilada na cabeça. O Padre Inácio de Azevedo ainda se dirigiu aos seus companheiros dizendo: "Não choreis, meus filhos. Não chegaremos ao Brasil, mas fundaremos, hoje, um colégio no Céu". Os huguenotes, perante tanta firmeza, resolveram acabar com a vida do Padre Inácio de Azevedo e deitá-lo ao mar.
Depois, todos os demais foram sendo maltratados, mortos e atirados ao mar, excepto João Sánchez, ajudante de cozinha, que, devido à sua pouca idade, foi poupado, sendo à posteriori a testemunha que permitiu que se conhecessem os acontecimentos que tiveram lugar naquela nau.
(continua)

sábado, 30 de outubro de 2010

MÁRTIRES DO BRASIL
(3ª Parte)
(cf. desdobrável distribuído pelo P. João Caniço sj, a quando da sua visita à cidade de Borba)

Partida em Missão
A 5 de Junho de 1570, um grupo de 74 Jesuítas partiram do Tejo, rumo à Ilha da Madeira, repartidos por três naus. Uma vez no Funchal, ficaram alojados na Quinta do Pico do Cardo.
Os registos permitem-nos concluir que a vida a bordo, tanto dos leigos, como dos religiosos, parecia conventual. O espírito de comunhão, as preces e os cantos espirituais eram uma constante, desde o amanhecer até ao cair da noite.
A 30 de Junho, o Beato Domingos de Borba (Fernandes) reembarcou com Inácio de Azevedo e os seus companheiros, perfazendo um grupo de quarenta. Pressentindo o perigo que iriam correr, dada a proximidade de corsários, o Beato Inácio de Azevedo convocou antes do embarque a sua comitiva - "Queria voluntários da morte por Cristo". Alguns hesitaram, e não quiseram seguir, sendo logo substituídos por outros.
Rapidamente chegaram às Canárias, onde permaneceram cinco dias.
(continua)

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

MÁRTIRES DO BRASIL
(2ª Parte)
(cf. desdobrável distribuído pelo P. João Caniço sj, a quando da sua visita à cidade de Borba)

Com o Padre Inácio de Azevedo
em Val do Rosal

O Beato Domingos de Borba (Fernandes) foi um dos jovens que, em Évora, contactou directamente com o Padre Inácio de Azevedo.
Integrou o grupo de jovens empenhados na acção evangelizadora que Inácio de Azevedo reuniu na Quinta do Val do Rosal (Charneca da Caparica), a Sul do Tejo, casa de apoio ao Colégio de Santo Antão.
Durante cerca de seis meses, preparam-se para a viagem e missão futura, participando, estudando, discutindo e ouvindo conferências, vendo e ouvindo testemunhos sobre os novos povos e lugares.
O ambiente reinante entre estes jovens era fortemente comunitário. As orações e as leituras piedosas não faltavam. Muitos foram também as horas de estudo e de trabalhos artesanais e oficinais. As pausas de recreio eram repletas de momentos musicais, com cantos e instrumentos, passeios pela charneca e peregrinações aos santuários da zona.
Mantinham-se inspirados por Inácio de Azevedo, que os orientava para a ascese e para o zelo missionário.
(continua)
foto (Geocaching - The Official Global GPS Cache Hunt Site):
Cruzeiro na Quinta do Val do Rosal, que assinala a estadia d
os mártires

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

MÁRTIRES DO BRASIL
(1ª Parte)
(cf. desdobrável distribuído pelo P. João Caniço sj, a quando da sua visita à cidade de Borba)

A Missão do Padre Inácio de Azevedo
A evangelização do Brasil tinha começado logo após a sua descoberta (1500).

Os Jesuítas, Ordem religiosa fundada em 1540, enviou para Terras de Santa Cruz os seus primeiros missionários poucos anos após a sua fundação.
À medida que a actividade missionária se foi desenvolvendo, tornou-se necessário esclarecer caminhos e metas a alcançar. Para ajudar nesse discernimento, foi enviado de Lisboa o Padre Inácio de Azevedo, sacerdote que se afigurou como a pessoa certa, dada a sua natureza activa e empreendedora, beneficiando de uma forte experiência como reitor dos primeiros colégios de Jesuítas em Lisboa, Coimbra e Braga.
Nos poucos anos que esteve no Brasil apercebeu-se da enorme falta de missionários e das grandes possibilidades de conversão daqueles povos.
Do Brasil foi enviado a Roma, em 1565, na qualidade de Procurador da Índia e do Brasil. Inácio de Azevedo recebeu grande apoio do Papa Pio V que o muniu de amplas faculdades pastorais. Igualmente o Geral da Companhia de Jesus, Francisco de Borja, impressionado pelas palavras e carisma de Inácio de Azevedo e consciente da urgência de enviar alguém para a missão que o Brasil exigia, escreveu aos Provinciais de Espanha e Portugal para que lhe facultassem a recolha, quer de missionários, quer de recursos materiais.
(continua)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

"O Coração de Jesus seja o nosso refúgio
e escola onde aprendamos a praticar todas as virtudes,
em especial doçura, mansidão e humildade.
Oh! Quanta necessidade temos todas de nos escondermos
no coração Dulcíssimo de Jesus."

Serva de Deus
madre Maria Isabel da Santíssima Trindade
fundadora das Irmãs Concepcionistas ao Serviço dos Pobres

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

"Oh! Meu Rei,
sustentai-me sempre nesse caminho da Cruz que escolhi,
pois sem Vós nada posso.
Oh! Divino Esposo,
Vós me cumulastes e eu que tenho a dar-Vos?
Dou-Vos, ao menos, um coração que Vos ama,
um coração que aspira a uma vida mais unida a Vós,
que pelos três votos Vos pertence para sempre."
Serva de Deus
madre Maria Isabel da Santíssima Trindade
fundadora das Irmãs Concepcionistas ao Serviço dos Pobres

sábado, 16 de outubro de 2010

São Brissos
Bispo e mártir
Nasceu em Mértola, em data incerta e foi martirizado em 312.
É um santo português semi-lendário.
Nascido em Myrtilis, a actual Mértola, (diocese de Beja) terá sido o segundo bispo de Évora, sendo martirizado pelos romanos por volta do ano 312.
O seu culto está bem atestado na região do Alentejo, concretamente na Diocese de Beja de onde é natural e na Arquidiocese de Évora ode foi bispo.
É orago de várias povoações, concretamente São Brissos, no concelho de Beja (diocese de Beja) e ainda na aldeia de São Brissos da freguesia de Santiago do Escoural, no concelho de Montemor-O-Novo (Arquidiocese de Évora).
(cf. fonte: Wikipédia)