"...brilhe a vossa luz diante dos homens,
de modo que, vendo as vossas boas obras,
glorifiquem o vosso Pai, que está no Céu."
(Mt 5, 16)

São vários os cristão alentejanos,
ou com profunda relação ao Alentejo,

que se deixaram transformar pela Boa Nova de Jesus Cristo
e com as suas vidas iluminaram a vida da Igreja.
Deles queremos fazer memória.
Alguns a Igreja já reconheceu como Santos,
outros estão os processos em curso,

outros ainda não foram iniciados os processos e talvez nunca venham a ser…
Não querendo antecipar-nos nem sobrepor-nos ao juízo da Santa Mãe Igreja,
queremos fazer memória destas vidas luminosas.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Irmã Maria Helena Branco ocso
Sede de Deus
Foi o primeiro fruto de Santa Maria de Marana-tha.
Nasceu a 9 de Dezembro de 1965, em Castelo Branco.
Viveu na cidade de Elvas, durante a adolescência, onde sua mãe era professora.
Entrou no próprio dia da fundação de Santa Maria de Marana-tha, a 15 de Agosto de 1989, abraçando a vida do seu mosteirinho até às últimas consequências: "Aqui, em Santa Maria de Marana-tha [tratava-se de uma pequena casa provisória] não há sinos a tocar de madrugada, não há melodias «angélicas» que elevam a alma à união com o ETERNO. Aqui não há tudo isso… mas há o ESSENCIAL, porque há DEUS, e DEUS faz-Se sentir quase palpável: em situações, em circunstâncias, em pessoas concretas, na caridade fraterna vivida dia-a-dia […] sem sinos, sem cantos, sem claustros. Deus não Se importa, porque para Ele isso não é o Essencial; Ele só precisa do nosso coração e nós só precisamos de Deus! E o nosso grito é Marana-tha. Vem, Senhor Jesus! É isso o ESSENCIAL!" - assim escrevia ela ao terminar o seu Noviciado, em 1992. Inteiramente orientada para Deus, dela irradiava paz, doçura, compreensão, alegria… O sorriso era-lhe habitual, mesmo quando a dor batia à porta. Quatro anos e meio em Santa Maria de Marana-tha bastaram à Irmã Maria Helena para realizar em plenitude o que se lê no livro da Sabedoria: "Amadurecida em pouco tempo… atingiu a plenitude de uma vida longa" (4,13). Acabava de fazer 28 anos quando o seu estado de saúde se agravou assustadoramente. Heróica no sofrimento, no meio de dores incessantes, falava do céu, da eternidade com Deus, como realidades ardentemente desejadas. A sua experiência de Deus levara-a até aí. Por isso se entregou sem reservas, serenamente, nas mãos do Pai. Adormeceu em paz, estendendo as asas rumo à eternidade, na madrugada de 1 de Fevereiro de 1994. Convertia-se em verdade a sua oração:
"Nunca deixes, Senhor, que eu Te abandone.
Só Tu me podes encher.
Só Tu podes fazer-me feliz
e saciar a minha alma e o meu coração
e todo o meu ser.
Que seja tua, Senhor, cada vez mais e para sempre!"
(fonte: cf. página Web da Trapa de Santa Maria de Marana-tha)

sábado, 19 de abril de 2008

Bento, tu amas-me? ... apascenta as minhas ovelhas.


Annuntio vobis gaudium magnum;
habemus Papam:
Eminentissimum ac Reverendissimum Dominum,
Dominum Josephum
Sanctae Romanae Ecclesiae Cardinalem Ratzinger
qui sibi nomen imposuit Benedictum XVI

Bênção Apostólica "Urbi et Orbi"
(19 de Abril de 2005)
Sua Santidade o Papa Bento XVI
Amados Irmãos e Irmãs,
Depois do grande Papa João Paulo II,
os Senhores Cardeais elegeram-me,
simples e humilde trabalhador na vinha do Senhor.
Consola-me saber que o Senhor sabe trabalhar e agir
também com instrumentos insuficientes.
E, sobretudo, recomendo-me às vossas orações.
Na alegria do Senhor Ressuscitado,
confiantes na sua ajuda permanente, vamos em frente.
O Senhor ajudar-nos-á.
Maria, sua Mãe Santíssima, está connosco.
Obrigado!

sábado, 5 de abril de 2008

Ordem da Imaculada Conceição - monjas Concepcionistas


A Monja Concepcionista realiza o seguimento de Cristo a exemplo de Maria, no silêncio que facilita a escuta da Palavra, na obediência aos planos de Deus sobre o mundo e a própria pessoa, nas simples tarefas quotidianas da vida, na entrega generosa da capacidade de amar, do desejo de possuir e de liberdade de dispor livremente da própria vida.
Iluminada pelo exemplo de Santa Beatriz, que ajudava com a sua oração à construção do Reino de Deus e da cidade terrena, a monja concepcionista sabe que a sua oração é a oração da Igreja, cuja fecundidade apostólica é misteriosamente eficaz.
(Constituições Gerais da Ordem da Imaculada Conceição)

O Mosteiro é o lugar que Deus guarda (cf Zc. 2,9); é a morada da Sua presença singular (...) na qual se realiza o encontro diário com Ele, onde o Deus três vezes Santo ocupa completamente o espaço, e é reconhecido e honrado como o único Senhor. (Verbi Sponsa, 8)

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Servo de Deus
D. Manuel Mendes da Conceição Santos
Bispo e fundador
da Congregação das Irmãs Servas da Santa Igreja
Nasceu na freguesia de Olaia, concelho de Torres Novas, em 13 de Dezembro de 1876. Depois de frequentar o Seminário de Santarém e se haver doutorado na Universidade de Santo Apolinário, em Roma, foi ordenado de presbítero a 27 de Maio de 1899.
Nomeado vice-reitor do Seminário da Guarda em 1905, foi depois designado Bispo de Portalegre a 9 de Dezembro de 1915 e, finalmente, Arcebispo Metropolitano de Évora, tendo entrado solenemente na sua Sé Metropolitana no dia 11 de Fevereiro de 1921.
Após uma vida de incansável apostolado e tendo deixado a Arquidiocese provida de Seminários (foi o fundador do Seminário Menor de São José de Vila Viçosa), de Casas Religiosas (entre outras, conseguiu a fundação do Mosteiro da Imaculada Conceição de Campo Maior, da Ordem Contemplativa da Imaculada Conceição, fundada pela alentejana Santa Beatriz da Silva); do semanário "A Defesa" e a Gráfica Eborense; de centros de actividade espiritual e apostólica; e tendo fundado a Congregação diocesana das Irmãs Servas da Santa Igreja, para auxiliar os Párocos na evangelização e, especialmente, nas missões, faleceu santamente no dia 30 de Março de 1955, repousando os seus restos mortais nos claustros da Sé de Évora.
A 1 de Dezembro de 1971, a Santa Sé autorizou a abertura do Processo Diocesano para a sua Beatificação e canonização.
D. Manuel Mendes da Conceição Santos era grande devoto de Santa Teresinha do Menino Jesus, e trouxe a primeira imagem que houve em Portugal, da então Beata, para a Sé de Évora.
Foi director espiritual de várias figuras de relevo, hoje com os processos de Beatificação e Canonização introduzidos, entre eles contam-se a Serva de Deus Madre Luísa Andaluz (Fundadora das Servas de Nossa Senhora de Fátima) e da Serva de Deus Madre Isabel Caldeira ou da Santíssima Trindade (Fundadora das Irmãs Concepcionistas ao Serviço dos Pobres).
Benzeu a 1ª Pedra da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima e coroou a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima.
Cf. JOSÉ LEITE S.J. (organização), “Santos de Cada Dia - III Setembro.Outubro.Novembro.Dezembro”, Editorial AO, Braga, 3ª edição, 1987, pg. 527)