
Numa aldeia pequenina,
quase perdida
no centro de Portugal,
nasceu Alguém
qual outro Cristo,
fazendo o bem
a todos, por igual.
Reconfortou a quem o procurava,
trazendo na alma,
o espinho da amargura.
Correu terras sem fim
- terras da planura -
cuidando das ovelhas
que o Senhor lhe confiara.
Por elas rezava, fazia penitência,
erguia a Deus a sua voz,
com insistência,
rogando a conversão dos transviados.
Velava pelos Padres,
como um Pai:
era o amigo, o apoio,
o confidente ...
E ao contemplar a vastidão
da messe alentejana,
queimada pelo sol ardente,
pedia aos Céus mais operários.
Tanta fome!... Tanta dor!...
Fome de pão, mas sobretudo
fome de Deus, fome de amor!
E o Arcebispo não descansava ...
Assim gastou a vida,
toda embebida
na caridade.
Para Deus viveu ... em Deus morreu.
Mas n'Ele goza, na Eternidade!
Agora ao recordar
as virtudes deste Prelado
que na terra passou, fazendo o bem,
sem nunca se cansar,
Roguemos também,
a Deus omnipotente
em prece humilde, mas fervente,
a graça de o sabermos imitar.
Irª Maria Helena Cordovil
Serva da Santa Igreja